TecMania

26 de julho de 2010

Plágio: Uma discussão Acadêmica

O que é o plágio?

Plágio pra mim é toda a cópia de algo que não é seu, que você apresenta como sendo o autor.

O plágio é uma realidade incômoda no mesmo nível para todos. Nos cursos de licenciatura, por exemplo, existe a idéia de que aquela “apropriação” criminosa do produto do pensamento de alguém que é “colada” nos trabalhos acadêmicos dos praticantes e que gera aquela situação chata com o professor, quando ele chama a atenção sobre isso é uma situação pouco grave. Mas quando você precisa escrever monografia e busca um tema, desenvolve um projeto e aparece alguém com um trabalho idêntico ao seu (você que salvou por descuido no PC de uso comum da Universidade), apresentando ao professor de pesquisa? Acredito que seja um problema de muita gravidade em todas as ocorrências.

O plágio pode ser motivado não somente pelo sentimento de incompetência, mas também pela preguiça, pelo tamanho do prazo estabelecido para a entrega de um trabalho, por chantagem envolvendo o plagiador e a “cabeça” do trabalho, por enganação... Mas nenhum justifica a feitura do mesmo, muito menos redime a natureza do plagiador.

Qualquer um pode ser um plagiador. Um tipo espertinho preguiçoso. Ou alguém sem nenhuma destas características que plagiou para cumprir um prazo. Como disse, não existe para mim um perfil ou estereótipo de plagiador.

  Para os novatos acadêmicos, grupos de estudos são uma boa idéia acho, pois assim os indivíduos são motivados a consultarem uns aos outros para realizar os trabalhos, afastando aquela famosa tentação de dbuscar os trabalhos prontos da vida na internet, no PC da universidade. Afinal, esse não é o objetivo do estudante em formação.

Entrevista cedida por mim para minha colega Rianny, Universitária da UFRB, Campus Cachoeira.


 

18 de maio de 2010

Crítica: Alice no País das Maravilhas

É Alice, você continuará perdida por aí...


"Para que serve um livro, pensou Alice, sem figuras nem diálogos?" - Alice no país das maravilhas...


Esta é a personagem de Lewis Carroll, no auge da sua infância, nos dando uma amostra de sua visão imatura sobre literatura.

Crescimento é uma das temáticas abordadas por Carroll na sua obra, que é rica pela possibilidades de leituras que ofereceu e continua oferecendo até hoje, mostrando que a arte, para se tornar memorável sempre, deve ter potencial para se reinventar a todo instante. Então o que no século XIX era uma crítica à sociedade vitoriana, podia ser também um conto sobre os conflitos de uma criança em crescimento, um ensaio sobre problemas de lógica. Alice inaugura uma nova sutileza em histórias infantis que não são exclusivas do público infantil.

De fora alguma Tim Burton poderia ter transposto de forma mais acertada Alice para a realidade do nosso período. Com assombroso apuro técnico, ele nos mostra como a compreensão atual está baseada na unidimensionalidade, na satisfação rápida, no fast food visual que dá satisfação momentânea a quem vê e vai embora sem deixar nenhum rastro, ou espaço para uma segunda interpretação.

O país das maravilhas era uma metáfora ao paraíso, um local sem regras muito claras. Tim burton dirigiu a burocracia chegando à essa terra, em que Alice segue um roteiro padrão de qualquer filme de fantasia para alcançar o prêmio final, a maturidade, após enfrentar seu dragão, quando Carroll quer mostrar que o Dragão não existe realmente.

De onde vêm a autoridade da Rainha Vermelha? Porque as coisas são desse jeito, e não de outro? Porque me levantar e colocar chá na minha xícara, se posso colocar xícaras cheias em todos os assentos?

"Minha xícara está vazia, passo para outro banco."

Carroll por diversos artifícios mostra que crescer para o mundo nada mais é que desvendar seu funcionamento, o porque das coisas, o que nos dá a possibilidade de intervir. Ao contrário do que a Disney leva a crer, crescer tem muito pouco a ver com fatalidade, espadas mágicas e destinos escritos.

Mas voltemos para a pergunta inocente da personagem infantil Alice, perdida entre questões tão intrigantes quanto o destino da humanidade é para os filósofos.

"Para que serve um livro, pensou Alice, sem figuras nem diálogos?"

Não fique aborrecida Alice, caso não encontre a resposta, pois a sociedade de dois séculos depois de Lewis Carrol ainda fica intrigada com questões como estas: " de que serve um filme infantil com ação, aventura, suntuosidade vazias?"

26 de junho de 2009

Amélie Poulain - Sobre o Filme

Fui apresentado a esta obra ainda neste ano, um encontro tardio (Foi lançada em 2001) mas deliciosamente existente. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é trágico, cômico, monótono, dinâmico, romântico, triste, feliz... É um exercício cinematográfico de juntar a vida em sua complexidade característica à aura fantasiosa imprimível apenas na película do filme fotográfico. O diretor, Jean Pierre Jeunet já praticamente havia desenhado o filme, antes das gravações, quase totalmente cena-a-cena em storyboards. A fotografia do “Amélie” é primorosa, em apenas duas cores principais: Verde e Vermelho. As variações presentes entre as gradações destas cores completam a estonteante visão que nos é oferecida dos cenários, em concentrações saturadíssimas (Um filme capaz de cegar Tim Burton, em seus Sweeney Todd e a Noiva Cadáver) apenas controladas por focos azuis na tela, pontos neutros para equilibrar o visual.

Se gostar de filme tecnicamente impecável, não é desperdício de tempo falar sobre a movimentação da câmera: é soberba. Sempre pronta a nos oferecer visão panorâmica, seja do espaço puro e simples ou da situação da nossa personagem principal, ela não atravessa vidros, eleva a visão até topos de arranha-céus, mas gira em torno de lugares simples e derrama glamour em pontes, escadarias, paredes, exibindo o belo privado de nós pela repetitiva perspectiva cotidiana (mas ela dá seus pulinhos). A trilha sonora é assinada por Yann Tiersen, composta por músicas anteriores ao projeto, e algumas inéditas, como La valse d'Amélie. Destaque também para À quai, La noyée, Comptine d'une autre été.

A edição é fantástica, assim como os efeitos visuais um pouco complexos, mas que parecem simples na tela, sem te deixar com a impressão de assistir a uma tela azul por 122 minutos (cof cof, Homem Aranha, cof cof, Matrix Revolutions, cof). Os personagens são explicados pelo narrador, em tom didático (o que não nos impede de analisarmos um a um por conta própria), e de fato, suas vidas são deliciosamente incomuns em sua simplicidade. Me atenho a falar da personagem que ajuda a compor o título do filme: Amélie é infantil, introspectiva, bem do tipo que prefere morar num mundo de hipóteses e sonhos a enfrentar a realidade. É um tipo de inteligência que passa à margem da visão social. Sua capacidade imaginativa é enorme, fruto de uma infância perdida em seus pensamentos, longe da família indiferente e calamitosa que a cercava. Uma peculiaridade é seu senso de justiça, que a mobiliza em prol dos indefesos e em favor dos aflitos. Esse senso move sua vontade de ajudar a todos que encontra em sua vida. Destaque para a interpretação de Andrey Tauton (Sofie, do Código Da Vinci), com seus grandes olhos castanho-escuros, que traz a infantilidade e seriedade que a personagem exibe, dando-lhe incrível veracidade.

Acabei de entregar, Le fabuleux destin d'Amélie Poulain é um filme francês, e não deve seu charme por isso, mas pelas qualidades técnicas e pela capacidade de mostrar o tipo de pessoa que a sociedade atual ajuda a formar de uma forma apaixonante e ao mesmo tempo fria. Digo isso pelo simples fato de que muitos dos que assistem admitem possuir algo de Amélie, ou total semelhança. A disciplina, o desejo de fugir da realidade opressora obriga a uma fuga interna, uma vivência introspectiva utilizada com o intuito de privar o ser do sofrimento na realidade dura, e por outro lado, de viver, existir para o outro, priva também do convívio social. E quando se tenta quebrar a redoma, o indivíduo se vê incompetente, sem meios de interagir diretamente com o outro. Desaprendeu a se relacionar. E o Ciclo se completa: Vive introspectivo por achar o mundo ruim, acaba tentando contato acreditando na possibilidade de sucesso, mas se decepciona pelo fracasso e impossibilidade própria, acaba encolhendo-se...

Fica o trailer de Amélie, vá e alugue, compre, baixe por torrent, mas não deixe de apreciá-lo.

Mais conteúdo de Alice in Wonderland, por Tim Burton.






É isso ai, na mesma semana que fotos de posters saem na internet, temos uma surpresa: Acesso ao roteiro do filme que só sai em 2010. As fotos remetem a uma perspectiva infantil na concepção dos cenários, mas Dããã, é um filme da Disney! Fico na expectativa das mensagens subliminares do Senhor Burton para os grandinhos. Johnny está terrivelmente demente na foto, quase jurava que não era ele e sim, Madonna (notem a semelhança). Aproveitem enquanto ao link existe e curtam as fotos, que estão incríveis, bem freak show, do jeito de Burton gosta:






24 de junho de 2009

Internet X Televisão

Eis que, desde o começo dos tempos da informatização massiva do país, muitas pessoas (na maioria adolescentes) têm deixado a Televisão de lado para priorizar a janela para o mundo, ou a internet (nossos avós usam a primeira expressão), ou ainda a net, para os íntimos.

E como tudo na vida de um adolescente, foi criada uma defesa estratégica para quando os pais enchem o saco para faze-los dormir e desligar o PC (sim, eles fazem isso porque amam você): “É melhor do que assistir essa porcaria de novela, dessa emissora manipuladora, que todo mundo sabe qual vai ser o final. Aqui eu vejo o mundo, me mantenho informado, fico esperto,”.

A verdade é que, se nossos pais fossem um pouco mais espertos iriam descobrir que o mundo é o MSN, a informação é como por as palavras em negrito no scrap do Orkut e a esperteza, bem, todos sabem qual é. Então o que diferencia a maravilhística internet da anciã televisão? A resposta é simples: muito pouca coisa.

Eu sei, você está indignado, xingando e recitando os endereços de museus, livros online, vídeos educativos e todo o resto de endereço deste tipo que você costuma visitar. Mas aí está: assim como na televisão, nós escolhemos o queremos ver, e principalmente, vamos atrás da informação desejada. E se a TV está atolada de merda para nos oferecer (Leia-se Rede TV, Globo e SBT) a internet é uma fossa. Digo isso porque daqui a umas semanas você vai esquecer que Susan Boyle, fenômeno do Britain's Got Talent existe, que a versão Freesky Online 2 existia até você descobrir Elf Destruction, que o ator David Carradine, de 'Kill Bill', é encontrado morto em Bangcoc, que a banda Whiplash! Lançou um cd maneiro pela Apple Store...

O que estou tentando dizer é que depende somente de quem acessa a oportunidade de aproveitar o lado útil da internet. Se na sua cidade não tem livraria ou biblioteca, você pode baixar livros online. Tem livro de todo o tipo, não tem só chato não. Você encontra também anime, mangá, banda boa, filme, vídeo curso. Na TV é a mesma coisa. Inteligente é quem consegue mesclar os dois, e tirar bom proveito. O importante é ampliar seus horizontes.

Não estou dando uma de Madonna, criticando the american way of life, apenas fazendo um apelo. Que seu mundo não seja restrito ao Caminho das Índias, ao Ragnarok, às audições do Britain's Got Talent, e outras tantas coisas que se esvairão da sua memória no mesmo ritmo que novas informações (feito tsunamis ininterruptas) invadem os resultados do Google. Qualquer crítica, sugestão ou dúvida, acesse o link para comentar (sim, u C/I q vc sab o que é link, :-P). Abraços!!

29 de abril de 2009

O Retrato de Dorian Gray

Fabuloso, só posso dizer isto. Sempre tive uma vontade enorme de ler este livro, mas só ontem, xeretando meus discos (e são muitos mesmo), achei um que eu não me recordava o que continha. Colocando no drive vio a surpresa: uma coletânia de livros em PDF (claro, como um bom geek que sou). Fui direto na seção de literatura estrangeira, tem muitas novidades como os livros de dan Brown, tem também aquele Cidade do Sol, achei uma pena não achar A menina que roubava livros lá também, isso me economizaria o tempo de googlar e baixar... E entre tanto arquivo achei o Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde.
Se você perde tempo da sua vida medindo a consequencia de suas ações, evitando se arriscar, esta é a sua leitura de libertação. Apesar do enredo não seguir os padrões da nossa cultura e época (se trata da Inglaterra do Sec. XIX) é incrível como ainda vivemos os mesmos dilemas...
Ainda estou lendo, logo pode parecer precipitada a minha análise, mas acredito que o final será bom, se Wilde não destruir tudo da página 33 pro resto. Fica como dica de leitura, o download você acha em qualquer lugar por ai...
Brincadeira, aqui está:

7 de abril de 2009

Conheçam um novo console! Shii!

Conheçam o Shii, o console para as mulheres descoladas. Tudo bem, o video pode parecer machista ou muito sem graça mesmo, mas se você não gostar por ser machista, encare como uma crítica a essa sociedade perversa e opressora. Caso seja, é um convite à mudança. Enquanto você não alcança a iluminação espiritual, ria um pouco desse video, o conceito não deixa de ser interessante...